Marcámos presença no VI Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa que decorreu entre os dias 2 e 5 de novembro que decorreu na ilha de São Vicente, Cabo Verde, na Faculdade de Educação e Desporto. Comunicações orais, mesas de diálogo, dinamização de oficinas e reuniões de trabalho constituíram a contribuição da ASPEA no congresso.
No primeiro dia do congresso, Margarida Correia Marques, docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, teve a oportunidade de apresentar a Rede Mapear - Rede Educativa de mapeamento colaborativo da qualidade do ar ambiente, projeto tem como objetivo a promoção da literacia socioambiental, na comunidade educativa, dos impactos da qualidade do ar e os seus efeitos, sobretudo na saúde humana.
Enquadrada no eixo I do Congresso - Literacia Oceânica -, apresentámos uma proposta de criação da rede "Aproximar" a ser constituída por entidades que promovam projetos de Literacia Marinha nos países da CPLP. Da Mesa de Diálogo dinamizada pela bióloga marinha e educadora ambiental, Rute Candeias, resultou a constituição de um grupo de trabalho para organização da rede "Aproximar", que irá promover entre os parceiros envolvidos, a interação e partilha de materiais, formação, conteúdos e vivências ligadas ao mar nos países da CPLP. Tá na Horta, um dos projetos mais recentemente coordenados pela ASPEA e que visa implementar e dar continuidade a ações têm vindo a ser desenvolvidas no âmbito da Produção e do Consumo Sustentáveis, foi um dos projetos apresentados no último dia do congresso. Ana Cristina Ferreira, coordenadora do projeto, teve a oportunidade de explicar a forma inovadora como se pretende envolver jovens e famílias nas práticas das hortas biodiversas, do tratamento de bio-resíduos e do aproveitamento da água pluviais, através da complementaridade do papel da Educação Ambiental e das ofertas educativas dos Equipamentos para a Educação Ambiental.
Com o objetivo de potenciar o mapeamento das instituições e dos equipamentos que trabalham a Educação Ambiental no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Vítor Almeida, técnico SIG que integra a equipa da ASPEA, apresentou o Geovisualizador de Entidades e Equipamentos de Educação Ambiental na CPLP. Esta plataforma, desenvolvida no âmbito do projeto EcoYouth, surge da necessidade de um maior conhecimento do trabalho desenvolvido na Comunidade, no sentido de potenciar sinergias e a partilha de recursos e de boas práticas, aproximando as diversas realidades e as diversas formas como é vivida a Educação Ambiental nos vários países.
Sara Henriques, engenheira do Ambiente e membro da direção da ASPEA, apresentou o exepmlo do Projeto Rios, coordenado pela ASPEA desde 2006, como forma de tomada de consciência ambiental baseada na participação voluntária e ativa dos cidadãos, incluindo as vertentes social e cultural, sempre na expetativa da conservação e melhoria dos ecossistemas ribeirinhos e proteção do Oceanos. O VI Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa contou com uma participação calorosa e sentida de jovens dos diferentes países.
As mesas de diálogo sobre Associativismo Juvenil e sobre o papel dos jovens na Luta pela Justiça Climática, moderadas pela Ana Sofia Henriques, coordenadora da Agência Jovem de Notícias, foram a prova disso. A necessidade de criar uma rede de associações juvenis na CPLP e de ser atribuída maior importância aos parlamentos infanto-juvenis, foram medidas apontadas por forma a permitir uma maior projeção da voz e das opiniões dos jovens nas tomadas de decisão.Ao longo dos 4 dias do Congresso foram realizadas reuniões do Grupo de Trabalho de Educação Ambiental das Comunidades e Países de Língua Portuguesa. Tais reuniões visaram um apoio conjunto e orientações para a criação/revisão de Estratégias Nacionais de Educação Ambiental (ENEA) em cada país/comunidade.
Do debate moderado por Joaquim Ramos Pinto, presidente da ASPEA, resultou uma proposta de documento comum com linhas orientadoras para futuras ENEAs. O objetivo é que cada país alimente este documento, o qual será apresentado posteriormente às respetivas entidades governamentais. Todo o evento foi coberto pela Agência Jovem de Notícias, permitindo aos jovens que não puderam estar em Cabo Verde, acompanhar o que se passou no Congresso.